Clinton: oferta dos EUA para dialogar não é "infinita"

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, advertiu hoje o Irão que a oferta de diálogo dos Estados Unidos não durará para sempre mas defendeu o princípio de discussões directas com os regimes repressivos.
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"Continuamos prontos a discutir com o Irão mas a hora de passar à acção já soou", declarou a chefe da diplomacia norte-americana, segundo extractos distribuídos antes do seu discurso sobre política externa, hoje.

"A janela de oportunidade não ficará aberta indefinidamente", acrescentou Hillary Clinton que faz assim a sua entrada política nos Estados Unidos depois de ter desaparecido da cena internacional durante quase um mês devido a uma fractura no cotovelo.

Hillary Clinton justificou a decisão do presidente Barack Obama de procurar abrir o diálogo com Teerão apesar da recente repressão das manifestações populares depois da contestada reeleição do presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad.

"Sabemos muito bem o que herdámos com o Irão", prosseguiu Hillary Clinton. "Sabemos até onde o seu programa nuclear avançou e sabemos que recusar discutir com a República Islâmica não conseguiu alterar a marcha iraniana para a arma nuclear, nem reduzir o apoio do Irão ao terrorismo, nem melhorar a forma como o Irão trata os seus cidadãos".

"Nem o presidente nem eu própria temos ilusões de que um diálogo directo com o Irão seja garantia de sucesso", acrescentou.

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